A adolescente era a palmeira esguia
de tranças. Mas no mel do seu cabelo
tal mistério morava que de vê-lo
a alma desesperada renascia.
Era a Beleza? A simples alegria?
Era a presença do sutil desvelo?
Era a graça, era o corpo, era a poesia?
Era a saudade do materno zelo?
Era a esperança, a fé, a caridade?
Impossível dizê-lo com certeza.
Mas nela havia tanta eternidade
que pôs Nossa Senhora do Bom Parto
nove bocas em torno à nossa mesa
e uma sombra perene em nosso quarto.